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À Beira da Lua

À Beira da Lua

05.02.18

Ode à calmaria


Nuno Casimiro

Estimo e guardo na minha alma

a amargura extenuante

que pauta a eterna calma

e esconde um ser errante. 

 

Faço odes a este meu estado,

sem medos e sem claudicar.

É suposto servir de auxiliar

para outros saberem do meu fado.

 

Não durmo para não acordar -

penso e existo nesta estranha realidade.

Vivendo sempre sem lutar

contra a demência e a passividade.

 

Qual pobre vagabundo

erudito em palavras vagas,

que reporta as suas (des)graças

sempre disperso e moribundo.