21.04.25
arrepio ventoso
Nuno Casimiro
Tudo é memória
assim como o horizonte
que me alonga.
Visto as calças uma perna de cada vez;
crio estrutura andante
improviso um som
guardo profun
didade.
Abro a janela com a lua bem lá no alto;
deixo entrar arrepio ventoso
decifro um sussurro
tranco dispa
ridade.
Tudo é viagem
tal como a infinitude
que te prolonga.