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À Beira da Lua

À Beira da Lua

26.08.25

espectro do silêncio


Nuno Casimiro

a partir do rasgo voraz duma vulnerabilidade solta
reparo que de pouco vale ser veloz
não só na emoção
tampouco na palavra

por vezes só através da distância ou do tempo
é que alcanço um certo tipo de rigor
não só no pensamento
sagazmente no espectro do silêncio

interpreto o verão que vai chegando ao fim
e reparo nos mergulhos que não cheguei a dar
não só no vasto mar de hipóteses
tampouco num extenso mar de verdades

não raras vezes fico quieto e gosto disso
sempre se toca um qualquer movimento puro
nem sempre real ou assertivo
inviamente na perspectiva da paragem das horas