20.09.25
faísca de conforto
Nuno Casimiro
eis que me invade um ar pesado
outra vez arrefece o ímpeto
ao tocar numa faísca de conforto
mal parece bem parecer
vem logo desdém causar
má impressão
vou na fé ainda vejo o porquê do sol
de costas para o seu pôr
eis que o ar evapora e já não sinto peso
mais uma vez adensa o propósito
ao rastrear poemas antigos
já me parece bem mal parecer
vem de corrida que o fogo apaga
ao mínimo entardecer
fui na fé e não vi/não toquei
mesmo defronte para um dia palpável