18.08.22
coisas curtas
Nuno Casimiro
Inclinado face ao mar
que enrola
disfarço um mergulho
e fecho os olhos
dou-me conta da forma
como ruopollo usava as metáforas
e como a areia que roubo à praia
começa a fazer sentido
de acordo com a memória
de uma contemplação
Roubo flores do chão
e ofereço-as ao meu amor
a cada lua cheia
Será mesmo assim
sempre que tiver um formigueiro
por trás da garganta que se prende
eternamente perante um sol de inverno
proeminente desafogo e coisas curtas